A 20ª camisa da série “Minhas Camisas” é mais uma peça do Barcelona. Esta ganhei no Natal de 2015, da minha mãe Neusa. O modelo número três do Barcelona, fabricado pela Nike, na temporada 2015/2016, é um dos mais bonitos da minha coleção. Comecei a vestir esta camisa nas férias de 2016, que passei em Itapema (SC).
Este uniforme é lembrado com carinho por mim porque ele também representou meu retorno ao futebol. Na verdade, foi com esta camisa que joguei a segunda partida desde a minha cirurgia no joelho direito. Explico: em 1º de setembro de 2015, rompi o ligamento cruzado anterior e o menisco do joelho direito numa partida de futebol. Foi num lance bobo, jogando como goleiro, num momento no qual minha chuteira de futebol society travou na grama e torci meu joelho. Pelo barulho, soube na hora que havia sido algo grave.
Foi triste porque esta foi a quarta cirurgia que fiz em razão de lesões no futebol (rezo para que tenha sido a última). Em 10 de novembro de 2008, jogando como goleiro, quebrei meu braço esquerdo num lance sozinho. A fratura exposta exigiu uma semana de hospital, duas placas, 14 parafusos e duas cirurgias. Após a primeira (com duração de cinco meses), percebemos que havia a necessidade de fazer um enxerto ósseo da bacia para o braço (que ficou com um buraco sem preenchimento do osso). Em abril de 2009, nova cirurgia e, só após mais três meses, voltei a jogar. Tempo total de paralisação: oito meses.
Em agosto de 2010, num jogo entre colegas da imprensa, torci o joelho esquerdo ao pisar num buraco e rompi o ligamento cruzado anterior. Foram sete meses e meio de tratamento, na terceira cirurgia. Depois disso, veio o 1º de setembro de 2015, quando passei pela quarta cirurgia e operei o joelho direito. Diante de tantas lesões e tanto tempo parado, decidi investir num uniforme especial para o retorno – até para premiar minha persistência.
A ideia era usar esta camisa do Barcelona com o calção e o meião oficial (vi o jogo Arsenal 0 x 2 Barcelona, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões de 2016 e gostei da combinação (veja a foto aqui). No entanto, como sou supersticioso, não usei no primeiro jogo após o retorno com medo de não dar sorte. Foi na segunda partida que finalmente coloquei estas peças.
Esta camisa, por sinal, é a única que uso para jogar. Para preservar as peças, não coloco as camisas em jogos para não lavar tanto – o que desgasta as peças. Felizmente, a camisa dá sorte e até hoje se mantém em bom estado, apesar de ter sido mais vezes lavada em comparação às demais.
Esta é a 20ª história do desafio. Todos os dias vestirei uma camisa de minha coleção até apresentar todas – neste período, não comprarei nenhuma peça. As camisas serão exibidas no Stories do Instagram (@eltoncarvalho10) e terão suas histórias contadas aqui no blog. Em breve, mais sobre as minhas camisas. Quer contar a sua história? Deixe um recado no post do Facebook ou do Twitter. Pode mandar também para mim uma Direct Message no Instagram.
